Trabalho Decente e Crescimento Econômico

O Objetivo do ODS 8 é promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos.

Esse Objetivo faz parte da “Agenda 2030” e tem como centro o mundo do trabalho e o crescimento econômico. Preocupa-se, ainda, em propiciar trabalhos seguros, plenos, sustentáveis e inclusivos a grupos sociais específicos, bem como mulheres, deficientes e jovens. Abarca também o turismo sustentável, a fim de gerar empregos e promover a cultura, além de prever a erradicação do trabalho forçado e formas análogas ao do trabalho escravo, assim como o tráfico de seres humanos, de forma a garantir a todos e todas o alcance pleno de seu potencial e capacidades.

Menos de uma década é o tempo que o Brasil e os países signatários da Agenda 2030 possuem para concretizar os 17 ODS, incluindo o 8, de forma integrada e indivisível. A implementação dessa Agenda no Brasil se deu por meio de Comissão Nacional instituída pelo Decreto 8.892 de 27 de outubro de 2016 que organiza o cumprimento dos ODS em todo o território nacional.

Dessa forma é possível dizer que Municípios, Estados e União estão aquém na tarefa de garantir o trabalho decente e o crescimento econômico sustentável em nosso país. A conjuntura econômica nos últimos anos caminhou na direção da inflação e carestia, colocando milhões de trabalhadores na informalidade, subemprego e desemprego, ou seja, o Brasil ficou menor e mais pobre.

Mulheres, deficientes e jovens continuam marginalizados no mercado de trabalho, sem contar a discriminação sofrida, condição que vulnerabiliza e não permite a igualdade de oportunidades e de tratamento. Trata-se de grupos específicos, cujos antecedentes também viveram situações de pouca ou nenhuma oportunidade, perfazendo um ciclo vicioso que vai ultrapassando gerações, caso não seja superado.

O advento da pandemia da covid-19 acelerou ainda mais aquilo que já se anunciava com um grande número de indústrias fechando, demissões em massa, ausência de políticas públicas, cortes no orçamento, reformas no congresso que encolheram direitos e acentuaram sobremaneira as desigualdades. O Brasil voltou para o mapa da fome muito em função da ausência de renda nos domicílios. E isso ocorre num período de austeridade fiscal e estado mínimo, ficando os miseráveis à mercê da boa vontade alheia e das parcas e assistemáticas ajudas governamentais.

A informalidade colocou trabalhadores e trabalhadoras atrás de aplicativos como forma de assegurar o mínimo ou às vezes nem o mínimo necessário para a sobrevivência. Esses trabalhadores precisam de vários vínculos para atingir uma renda, em sua maioria, abaixo daquela necessária para custear as suas necessidades básicas.

Assim, o trabalho decente cede lugar para o trabalho precário e precarizado nas suas relações, cuja resultante é a estagnação ou a baixa do crescimento econômico. O país não cresce e não gera empregos. Estamos vivenciando uma crise sanitária, econômica e social.

Inverter esse quadro é tarefa que requer um esforço conjunto dos mais diversos segmentos da sociedade. A visão pelo retrovisor é grande, porém não devemos ficar presos nela. A velha máxima “pensar globalmente e agir localmente” nunca foi tão válida quanto nesses tempos atuais.

Muitas têm sido as expectativas de um reaquecimento econômico pela via do desenvolvimento local e por meio dos circuitos curtos de produção e comercialização que, em linhas gerais, quer dizer apropriar-se do seu lugar. Assim, realizar ações como incentivar as compras no comércio local, criar redes de compras e vendas na comunidade são pequenas experiências que contribuirão para a maximização do desenvolvimento econômico e minimização do desemprego.

Na esteira do desenvolvimento econômico, os municípios têm sido a grande força motora para restabelecer o crescimento econômico, porque é neles que estão as pessoas, as famílias, os problemas, mas também as soluções. Logo, é preciso criar um novo enredo e reposicionar os atores para que possamos viver um novo ciclo de crescimento e trabalho pleno.

Se você acredita no emprego decente combinado com o desenvolvimento econômico e possui muita vontade de mudar a realidade de sua cidade, venha fazer parte do nosso time. Matricule-se aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

CADASTRE-SE PARA MAIS NOVIDADES